O pseudo guia-cronista é um preconceituoso de primeira linhagem. Em primeiro lugar, qualquer cidade do mundo tem os problemas reportados. Quem visitar Nova York e der uma passadinha no Brocklin verá; ou o Seine-Saint-Denis em Paris ... a lista é interminável. Monte Carlo talvez seja um bom destino para os clientes do alienado guia.
Segundo, nenhum ser que se pretende culto escreve as aviltosas palavras ora perfiladas. Ele diz que seus clientes, conscientes sociais que são, jamais visitariam uma cidade como a nossa. Ou ele não sabe o que é consciência social, ou ele tem a mesma consciência de Hitler, Mussolini etc.
Piatã é uma cidade que padece das mesmas necessidades de qualquer cidade. Não, não quero com isso encontrar um escapismo para as responsabilidades dos administradores locais; muito menos, que essa constatação verdadeira do infeliz guia sirva de orientação para políticas propositivas com o fito promotor do desenvolvimento local.
Outrossim, estampar nossa triste realidade, data venia, como fator repulsivo de turistas é desdenhar da inteligência do piataense.
Talvez o infeliz guia deva recomendar Campos do Jordão-SP. Esta, pois, possui inúmeros restaurantes gourmet; concertos brilhantemente regidos por ícones da múscia erudita tupiniquim; notáveis enotecas e, por último mas não menos importante, o grande desfile de cães promovido por João Doria Jr e com cobertura exclusiva de Caras. Este seria o paraíso elitista buscado pelos clientes do nosso Boris Casoy, aquele que não gosta de garis.
Essa reporcagem especial desnuda o ódio de classe da elite brasileira. Os turistas não podem ver as árvores cortadas, mas certamente não abrem mão dos seus SUV's queimando petróleo ferozmente.
Sinceramente, se são esses os turistas que deixam de nos visitar, fico muito feliz. Porque o que menos precisamos são de convivas desrespeitosos, pretensos de cultura superior.